quinta-feira, julho 23, 2009

Tudo errado na metade leste do Império

Nos últimos meses, me tornei adepto do twitter, quem quiser seguir-me, foi linkado o endereço. É desafiante escrever o que escreveríamos aqui no blog em 140 toques, o que torna mais fácil simplesmente responder à pergunta colocada: What are you doing?

Mas para comentar esportes, o twitter é excelente. Inclusive, se tornou uma ferramenta importantíssima para a cobertura esportiva, visto que Mano Menezes, Shaq, Lance Armstron,g entre outros, dão notícias em primeira mão pelo "miniblog".

Eu ando usando o meu para comentar principalmente a Formula 1. Cabe aqui um comentário maior sobre o GP magiar desse fim de semana. Desde pequeno nutro simpatia pela Hungria, talvez fruto de um amigo da família ou ainda pelo desenho da família Meszga, que eu achava interessante. Pois bem, sempre foi um país que me despertou curiosidade, o que foi aprofundado depois, quando já tinha conhecimento suficiente para notar características ímpares de um povo que está no meio de eslavos e latinos sem ter absolutamente nada a ver com eles. Ainda, devemos lembrar da importante influência Cigana na região, fato que leva, inclusive, os húngaros a serem conhecidos depreciativamente como "Roma" na região.

Pois bem, a Hungria sempre se destacou no leste europeu, inclusive na Formula 1, sediando um Grande Prêmio quando ainda fazia parte da Cortina de Ferro: a lendária disputa Senna-Piquet, com direito a escorregada nas quatro rodas do último em ultrapassagem, em 1986.

Infelizmente, pouca gente nesse fim de semana estará pensando nas características históricas únicas da nação magiar. A possível demissão de Nelsinho e o cancelamento da corrida de MotoGP próxima ao paradisíaco Lago Balaton deverão tomar conta do noticiário. O Circuito, para quem conhece a região, seria o mais bucolicamente belo em muito tempo a ser apresentado a uma categoria forte do automobilismo. Uma pena essa crise financeira e de pensamento.

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Mais um pouco de tolerância zero

Alguém já se perguntou porque crianças de colo não pagam passagens de ônibus (intermunicipal/interestadual) ou avião? Quem criou essa regra com certeza nunca tomou uma "gorfada" em viagens ou nunca esteve num ônibus com o brasilino alheio querendo pisotear seus testículos enquanto você só queria um pouco de sossego. Justamente pelo fato de ser um ser humano sem grandes controles, deveriam os pais ou responsáveis comprar uma poltrona a mais para o brasilino poder perambular ou dançar livre e alegremente. E ainda deveriam as empresas cobrar uma taxa a mais pelo desconforto dos demais passageiros (pelos gritos, choros, vomitadas, interdições de banheiro, etc.). Ou deviam disponibilizar um ônibus especial com berçário com cabine anti-ruído.

De Palma de Mallorca a Lisboa (bacana, hein?) meu vôo foi perturbado pelo brasilino lusitano alheio. O vôo era da Niki, empresa do Niki Lauda. O lema da empresa é "satisfação em dobro"... fiquei cogitando que seria por causa das belas aeromoças austríacas, que me receberam com uma boininha cor-de-rosa. Até a piloto(?) era mulher. O inglês delas era tão ruim que me lembraram as aeromoças do começo da Gol (que provavelmente eram colegas de aula do Joel Santana). Mas, enfim, loiras muito gatas. No entanto, não se equiparam às suecas. Lá, até as gordas eram gatas... PQP

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quinta-feira, julho 02, 2009

Savigny e Jhering no almoço

O brasileiro sempre tira um Super Trunfo da manga... ainda que que esse super trunfo seja tosqueira.

Banalidades...
Eu costumo almoçar fora do horário de pico para evitar sair com o meu prato da balança e ser surpreendido com mesas do restaurante todas tomadas. Hoje, no entanto, tive que almoçar meio-dia e vinte...
Entrei no restaurante e vi que havia lugares bastantes para mim e para as pessoas que já estavam na fila para pegar comida. Então entrei despreocupado, enchi o prato, pesei e... surpresa.... havia mesas vazias (de pessoas), sendo ocupadas por chaves, bolsas e outras por celulares.
Depois de conseguir uma mesa, fiquei confabulando as teorias da posse, tentando imaginar que tipo de posse seria aquela exercida por bolsas, chaves e celulares sobre outras coisas. Seriam esses objetos um longa manus da pessoa que as deixou lá?
Lá no Sul as pessoas não deixavam seus bens na mesa, mas deixavam a cadeira inclinada, com a ponta do encosto na mesa, como sinal de território demarcado.
Conclusão que eu cheguei é que a posse da mesa por objetos ou por sinalização é uma posse injusta. A mesa deveria se ocupada pelo primeiro que chegar na mesa portando o prato já pesado (prior in tempore, potior in iure), afinal de contas, não é o primeiro no tempo o primeiro que colocou um objeto na mesa e depois foi fazer outra coisa, mas sim aquele que chega na mesa com intençào imediata de usá-la. Ou então o propretário da mesa (do restaurante) deveria colocar - ele ou seu proposto -alguma sinalização de RESERVADO.
O costume, nesse caso, é antijurídico e eu não vou render-me a ele. Da próxima vez que eu não tiver lugar pra sentar e estiver, como um bocó, com o prato na mão, vou jogar no chão as chaves, bolsas e celulares que encontrar em mesas desocupadas. Ademais, não merece posse da mesa quem tem tanto desapego a esses bens.

Edição de 5/8/2009: uma leitora me avisa que é difícil segurar bolsa e prato ou bandeja ao mesmo tempo. nesse caso, portanto, a posse da mesa é justificável.

e ao comentarista anônimo: se seu parâmetro para aferir tristeza/felicidade é o número de pessoas que se sentam à mesa de almoço, sim eu sou uma pessoa bem triste. Espero sinceramente que você seja uma pessoa feliz, e se contente com a felicidade proporcionada por uma mesa cheia de gente, porque a vida é bem mais que isso. E que jamais falte sua ração de alfafa no almoço.

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