quinta-feira, junho 29, 2006

Sobre a tênue linha que separa o amor do ódio

Várias letras de músicas com letras ginasiais tais como One do U2 ou Always do Bon Jovi podem exemplificar o título. Alguma passagem de diversos livros também (O vermelho e o negro do Stendhal é uma ótima pedida nesse sentido). Prefiro deixar sem citação porque não pude escolher uma que realmente se destacasse.

O ódio e o amor são sentimentos extremamente parecidos: muito profundos, intensos, intercambiáveis entre si - mais fácil de passar de amor a ódio, ainda que o contrário aconteça - e, principalmente, pouco controláveis e influenciados com força principalmente por um sentimento: a bosta do orgulho.

O orgulho faz, sim, uma pessoa se apaixonar. Uma massagem no ego alheio bem colocada, quando o interlocutor sobre o qual se prentede ter algum domínio já está capenga é fatal. O amor pode nascer daí. Também o ódio, quando se tem o orgulho ofendido, nasce mais facilmente.

Mas o que mais me surpreendeu sempre foi como um se torna o outro com freqüência. Invariavelmente influenciados pelo orgulho. Uma traição, uma discussão mais pesada, até um comentário mal feito. Dependendo do tamanho do ego alheio, qualquer um desses transforma o mais profundo amor em um ódio nefasto.

Ainda, quando a pessoa te odeia só como esconderijo pra não dizer que te ama, uma massagenzinha bem feita no orgulho pode transformar o ódio mortal em amor suicida...

Enfim, eu pretendo analisar melhor o orgulho humano, esse manipulador filho da puta!