sábado, setembro 30, 2006

Lost In Translation

Hoje vou colocar um short post sobre coisas que você leva em conta como verdades. Take for granted.
Os homens são ensinados a pensar: você pode achar uma garota linda e não muito inteligente ou uma nem tão graciosa e de mais luzes. Não há meio termo, tampouco uma com beleza e inteligência ao mesmo tempo...mas há feias e burras!
Sou um admirador da sabedoria popular.
Mas acho que dessa vez encontrei a mulher que é impossível...ou será que fui encontrado?
Everybody wants to be found...

sábado, setembro 23, 2006

Short Post

Água continua sendo a melhor bebida para o ser humano...

sexta-feira, setembro 15, 2006

Comentários Sobre o Fenômeno Lost

Essa semana eu descobri algumas coisas legais como desmascarar um manipulador e que taxistas são realmente abalizados a falar sobre absolutamente tudo. Mas o mais bacana foi mesmo a descoberta de Lost.

Tenho um certo preconceito com coisas que estão muito na moda (como assistir a esse seriado), mas dessa vez tenho que tirar a cartola para o senso comum. Como dito anteriormente, sou fã de personagens esféricas e Lost tem alguns deles, dos quais eu destaco o Locke (que um amigo meu disse ser parecido comigo), o Sawyer e o Desmond.

Primeiro, sobre o Locke, que é um cara de fé, mas ao mesmo tempo mostra ter uma excelente instrução (ciência x religião – conflito bem bacana). É o tipo do contrapeso ao líder (Jack, também um bom personagem, mas não tão bom quanto esses três, na minha opinião). Ao mesmo tempo em que aparenta ser sereno, vimos nos flashbacks que ele tinha problemas com o pai (parecido mesmo comigo) e sua paralisia é creditada a causas nervosas. Ou seja, é um personagem BEM esférico. Vale ainda atentar que o nome dele não é John Locke sem razão. Muita coisa nele se identifica com a filosofia do grande pensador inglês.

O Sawyer é um cara bacana por ser malvado de propósito e por vingança (eu sou um cara bastante afeito a vinganças). É um golpista safado, mas que é estúpido com os outros por querer se punir por assassinar um homem inocente. Ainda, costuma fazer a coisa certa quando a situação aperta. Ou seja, ele tem SIM uma consciência bem desenvolvida, possivelmente uma das mais profundas da ilha.

Do Desmond eu gosto daquele desespero para conquistar a amada. Faz bosta e atos de heroísmo por isso. Ou seja, bem dividido também.

Vou me inteirar um pouco mais e ver os boxes em DVD para poder fazer comentários mais abalizados.
PS: Tirei os comentários. Se alguém quiser falar sobre os posts, é só me mandar uma mensagem de e-mail.

sexta-feira, setembro 08, 2006

O Ciclo da Minha Mente

"It's the circle of life
It's the wheel of fortune"
Música Tema d'O Rei Leão


Feriado numa quinta-feira, parcelamento da encheção de saco do dia a dia...bem, costumava ser assim até eu criar uma desgraça chamada consciência e botar tudo a perder. Piora com o aumento de "experiência de vida" decorrente de cada ano vivido.

Pensar muito na vida, filosofar consigo mesmo pode te levar a ficar bem mais psicótico, especialmente quando se tem noção de erros cometidos e escolhas infelizes no passado. Esse dia 8 de setembro em que escrevo me traz algumas más lembranças do caso que eu consegui fazer mais besteira na minha vida. Atitude cabaço total. Uma sucessão de escolhas equivocadas, análise mal feita de situações aparentemente corriqueiras (e que não deixam de ser corriqueiras mesmo) e que me fez perder muita coisa e ganhar pouquíssima.

Aqueles 10 meses (número arredondado) me preparando pra Copa do Mundo da minha vida (metáfora desprezível, sorry), vários amistosos e pequenos torneios bem sucedidos pra chegar na hora e tremer, não jogar o que podia, não fazer nem o que faço em qualquer dia normal. E sim, esse caso envolveu uma mulher, como toda a história que se preze deve incluir. O problema é que a Civilização Ocidental gosta de finais felizes e essa não teve (mas ainda terá, hahahá psicótico e fecha parênteses). Mas talvez eu consiga vender essa história na China ou na Índia e lá tem mais população - e viva a globalização.

Mas bem, o que eu quero dizer nesse post é que a consciência me corrói cada vez tenho que lembrar de escolhas erradas que eu fiz em algum ponto da vida (que tá ficando cada vez maior, já tenho 5 Copas - a de futebol, não a metafórica - no Curriculum). Não gosto de errar, sou humano e não o Super Homem (paradigma filosófico de Friedrich Nietzsche), apesar de de vez em quando em situações na qual me saio bem, me sinta como o Super Homem (o herói com capacidade sobre-humana dos quadrinhos). Isso faz a consciência condenar erros meus que eram muitas vezes até normais para um ser humano (ainda que na época que os cometi parececem escrotos mesmo). Isso é mal. Fazer conceito errado da própria capacidade é um erro sério, muitas vezes literalmente fatal.

Assim, pensar na vida em geral acaba me levando fatalmente a um estado de razoável depressão, o que não é legal, porque eu fico desmotivado por um bom tempo, sem render o que posso e cometendo novos erros (ciclos viciosos, here am I) em conseqüência disso.

E depois não sabem porque muita gente (apesar de eu ainda não estar incluído) tem a Síndrome do Peter Pan. Que me desculpe o velho Sartre, mas o Inferno somos nós mesmos. É a porra da consciência pessoal!

sexta-feira, setembro 01, 2006

A Savana Brasileira

Hoje escrevo um post diferente. Talvez pela chuva forte lá fora, que fez o visual ficar particularmente encantador (eu adoro dias muito chuvosos ou muito ensolarados, sempre), talvez pela briga homérica que vi no CA da faculdade ontem. O fato é que estou com vontade de escrever sobre brigas. Por mais que eu tenha me envolvido em poucas na vida (pra valer, foram duas).

Apesar de ser um cara fisicamente bem dotado e também razoável em termos de técnica (karate bem razoável), costumo ser pacífico (talvez ensinado exatamente pela doutrina do “caminho das mãos livres”) e muita gente tem curiosidade pra me ver brigar. Eu faço de tudo para evitar, com isso até aumentando essa curiosidade que mais de um conhecido meu diz que tem de me ver brigando com alguém. Desde moleque, sempre fui da turma do deixa disso. As pessoas tem mais medo do desconhecido do que do lugar-comum e quando for brigar com certeza vou me aproveitar (e muito) disso.

Como ia dizendo, ontem o tempo fechou no Porão do XI (CA da Faculdade de Direito da USP). Uma briga pequena se transformou numa sucessão de confrontos paralelos, inclusive com muita gente de fora da Faculdade envolvida. Mesmo estando acostumado a ver brigas, na quantidade de ontem era inédito. E como em geral eram brigas entre dois conhecidos meus, eu não me intrometia (quando fazia era pra separar). Muita gente me criticou por isso, mas não me arrependo. Com exceção de três casos que localizei, nenhuma briga foi daquelas que realmente comprometem a integridade física de alguém por mais de um dia.

Mas vou me ater a esses três “confrontos”:

1) Que espécie de animal me chuta em grupo de 4 (quatro) ou 5 (cinco), 1 (um) cara que está no chão, por mais merda que tenha feito? Animais medrosos, crocodilos, eu diria. Com medo de uma briga 1 a 1 e “limpa” com o cara, visivelmente melhor do que todos eles em termos tretísticos. Patético. E dizer que chamaram um cara de bicha covarde logo depois.

2) Que espécie de retardado mental chama um cara que só tava separando a briga de negro safado e espera sair bem num ambiente que é “casa” do ofendido? Acha que pode fazer isso e sair pimpão do lugar? Bem feito pro racista filho da puta que saiu todo estourado do lugar (o único que foi pro hospital, que eu saiba). Menção honrosa ainda ao ofendido que estava insano a ponto de provavelmente vir a matar o babaca, que é de uma faculdade com tradição de esquerda, democracia e igualdade (racismo é igualitário, hein wanna be comunist filho duma puta?). O racista é a hiena que foi comer carniça e acabou se fodendo na mão do leopardo.

3) Como alguém consegue ser tão inocente ao achar que depois de arremessar um copo contra o rosto de outro ser humano, que com um reflexo incomum para um bêbado escapou, não será criticado e questionado pelo seus atos? E por que, ao ser indagado, se mija de medo do cara que ele acabara de chamar de bicha covarde? A bicha virou leão e o arremessador de copos, burro.

Enfim. Depois da batalha, garotas chorando, garrafas quebradas, gente atônita por ver a inteligentsia brasileira chegar a este ponto.

Briga é um negócio por princípio sujo. Mas esse nível de crocodilagem é o que me faz me afastar delas. Como diria o Galvão sobre isso: “Tão acabando com a briga romântica, a briga ta ficando muito séria, muita coisa envolvida, perde a pureza”. E ele estaria certo falando isso. Não se tem a mínima noção de conseqüência, coisa que em teoria é inerente ao ser humano.

E, depois dessa reflexão, o que me resta é olhar para esse belo céu chuvoso de sexta aqui na Marginal e chegar à conclusão de que, enquanto imbecil desse naipe sair na mão, eu vou continuar por muito tempo deixando meus conhecidos curiosos quanto a minha performance em brigas. Afinal, a coisa anda mais próxima de uma luta numa savana. E eu não entendo nada de savana.