terça-feira, dezembro 09, 2008

O presidente que não sabia de nada


Tocante o post abaixo do phoenix, mas vamos para algo mais difuso.

uma negociação financeira de cargo de senador, que atualmente é ocupado por pessoa que irá ocupar outro cargo eletivo a partir de janeiro. E esse último diz não saber de nada. Deja vu?

Por incrível que pareça, mencionado acima ocorreu nos EUA.

Outro presidente que não sabe de nada. E vai usar seu carisma e sua popularidade para driblar isso. Pobre dos EUA. Pelo visto Obama indicou para seu governo quase todo mundo que estava no governo Clinton. Disso tenho que falar duas coisas: cadê a 'esquerda', que tanto se gabava da vitória do Obama? Se os EUA é um país conservador, tem mesmo que ser. Para que mudar se você domina o mundo? Que eu conheça, o único país que dá marcha ré para trás no cocô, em relações internacionais, é o Brasil (vide episódio da Petrobras na Bolívia). A segunda coisa que eu tenho de dizer é que esse mesmo governo Clinton gerou a vitória de Bush (que venceu segundo as regras do jogo de lá, não me venham falar que o Al "Bore" teve mais votos).

E mais não digo.

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Rest in peace

Esse blog, ao longo de seus três anos de vida, já abordou algumas das auguras da vida. Desilusões, chifres, derrotas foram assuntos recorrentes por aqui.

Hoje, entretanto, vou esboçar algo sobre a maior das auguras, a morte.

Apesar de algumas vezes não parecer, nunca lidei bem com a perda de entes queridos. Um ídolo (Senna), amigos (Rafaéis, que a paz esteja com vocês aonde estiverem) e mesmo meu avô paterno morreram deixando algumas marcas. Nenhuma dessas pessoas era muito próxima de mim, daquelas que você vê todo dia. Mas, cada uma dessas perdas deixou marcas indeléveis na minha personalidade.

A morte do Senna significou a perda de um ídolo não só para mim, mas para toda uma geração. Em uma época na qual o futebol brasileiro não era vitorioso (era dominado por argentinos e uruguaios na América do Sul e não chegou a uma final de Copa sequer, entre 1970 e 1994), o automobilismo passou a ser, em parte, o ópio do povo.

Com um Piquet já veterano, minha escolha óbvia foi torcer pelo Senna, como vários brasileiros, enfrentando manhãs e madrugadas de domingos para ver suas atuações. Nos 10 anos anteriores, apenas um piloto havia morrido, em testes particulares. A morte do Senna e do austríaco Ratzemberger foi um baque. Ali aprendi que nossos heróis morrem. Todos eles, mais cedo ou mais tarde.

Perdi dois amigos meus, por coincidência homônimos, em situações diferentes, mas comuns a moleques: um em um acidente automobilístico, outro por overdose de drogas. Não foi fácil, principalmente no segundo caso: um cara brilhante, com a minha idade, falecido tão cedo, por motivo tão ignóbil. Aí percebi que juventude não exclui morte. Pelo contrário. Muitas vezes atrai. Essas mortes em especial me marcaram, me deprimiram, me chocaram. Volta e meia me pego pensando: bom, eu estou aqui. Aonde eles dois estariam, se vivos?

Perdi ainda meu avô paterno, descobrindo, de maneira não muito bacana, que amor fraternal não evita mortes. O amor não salva nada. Nem mesmo relacionamentos.
Agora estou perdendo meu avô materno, que sempre foi a coisa mais próxima que eu tive de uma figura paterna. Para as outras pessoas, sou uma das pessoas que vem lidando mais filosoficamente com a derrocada dele, mas realmente não gosto muito de imaginar como seria perder alguém próximo. Acho que um exemplo passa a te assombrar mais ainda depois de morto (trocadilho acidental)

Na morte conhecemos as pessoas. Seria interessante conhecermos o quanto nossos sentimentos não são levados em conta em falecimentos alheios.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Democracia Chinesa

Guns'n'Roses foi a banda que me despertou para o rock e foi responsável pelo abrupto término do meu interesse em colecionar discos do Bozo.


O novo disco do Guns'n'Roses recebeu, desde seu lançamento, um turbilhão de reviews negativos. As críticas vem no mesmo sentido que os discos do Dream Theater normalmente recebem da mídia (virtuosismo, etc). Talvez eu tenha gostado justamente por causa disso.

O disco é extremamente bem produzido, nele tocam músicos de gabarito, tem excelente melodias, refrões pegajosos e a voz inconfundível do Axl Rose. Algumas músicas nós já conhecíamos há pelo menos 7 anos e meio (Madagascar, Chinese Democracy e Rhiad And The Bedouins foram tocadas no Rock In Rio III, em 2001, I.R.S. e Better eram tocadas nos shows de 2006) e algumas versões de pré-produções do álbum já rolavam há alguns anos pela Internet, o que me faz indagar porque catso demorou tanto para sair esse disco...


O fato de as críticas serem, em geral, ruins, decorrem ou por um mal intencionado interesse em fazer tais críticas virar notícia (pois se falar bem, não vai chamar atenção), ou do fato de colocarem um apreciador de rumba para fazer o review. Porra, se me colocarem para fazer uma crítica de funk carioca, não tem como eu falar bem. Então não me coloquem! Necessário que se tenha alguma afinidade com o gênero para que saia alguma impressão imparcial.
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Sim, sinto falta das batidas diferenciadas do Steve Adler, do hard rock simples e direto que era o Appetitte For Destruction, mas o que se pode fazer se não dá mais para colocar os 5 caras juntos num raio de 200 metros? Coloco o Apettite For Destruction para tocar.

Tenho, aliás, um profundo respeito por bandas que se reinventam disco após disco. Por esse motivo, sou muito mais o novo disco do Guns do que o "novo" disco do AC/DC, que parece vender um mesmo disco - com capa diferente - desde 1974.


Guns'n'Roses, sejam bem vindos ao século XXI.

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