sábado, maio 09, 2009

O fenômeno mané

Só pra constar, estive ausente um tempinho por questões puramente de tempo, visto que tive muitas idéias para posts.

Nesses pouco mais de 40 dias aconteceram algumas coisas interessantes. Saí da grande fossa financeira para uma situação bem razoável, fiz baladas bem legais, outras nem tanto e pude observar toda pujança do fenômeno mané prevalente nas relações interpessoais nos últimos tempos.

Mané é aquele que perde gols feitos (o homonismo com o Garrincha é um destes acasos lingüísticos), mais especificamente, perde ficadas feitas. Aquela mulher está entregue, como se estivesse dizendo: vai, garotão, me pega logo. O mané olha, pensa...e no fim, quase sempre empata em 0-0. Um empate digno, mas empates não ganham campeonatos sozinhos.

Eu nunca fui um Don Juan, longe disso. Tenho problemas na hora da abordagem e sempre fui péssimo na hora do "Vem cá, minha nega.", ainda que isso venha melhorando nos últimos meses. Mas por outro lado, nunca fui um completo mané. Em geral, quando a situação está medianamente a meu favor, eu aproveito, algumas vezes quieto, outras não. Pode ser que eu possa ser tratado como um meio mané, mas como mané completo, acho que não.

Bom, como eu disse, nesses últimos tempos tive uma vida pródiga de baladas. Algumas com caras da minha idade, outras com caras um pouco mais velhos. Tenho feito baladas com esses caras há coisa de uns 5 anos e pude observar um fenômeno: a idade aumenta a manezice.

Meus caros, na civilização judaico-cristã-ocidental, em 90% das oportunidades, a mulher, por mais afim que esteja de te beijar, de dar pra você, não vai chegar junto. Isso é função masculina. Por isso eu acho que eu seja meio mané, por sempre ter sido meio travadão, apesar de volta e meia conseguir alguma coisa. Para embarcar, é preciso abordar. No grupo do pessoal já na faixa entre 28 e 30 anos, não sei se por seletividade ou por mero esquecimento, o pessoal parece ficar muito mais travado do que a galera da minha idade, entre 21 e 25 anos. Isso é digno de estudo.

Meus amigos mais velhos ganham infinitamente melhor que eu e os mais novos, já tem mais experiência de vida, tendem a dominar a maioria dos assuntos utilizados em abordagem melhor do que nós. E ainda assim, nas últimas vezes que saí com eles, observei vários empates. Inclusive meus, que, como meio mané, nem sempre consegue uma abordagem solo que preste.

Mulher gosta é de infraestrutura e isso os veteranos parecem ter mais do que nós. Quem será que poderia falar isso pra eles? Mulher dando condição sempre acontece. Mulher dando em cima de você quando você deveria tomar a iniciativa é para muito poucos. E eu não acredita que sejamos estes poucos.

Marcadores: ,

sexta-feira, maio 01, 2009

Palmeiras: sou amendoim de coração

A vitória de anteontem sobre o Colo Colo foi senacional, por ter sido da forma que foi e tudo mais. Mas há algumas semanas eu afirmei o seguinte: esse time não chegará a lugar nenhum. Nada mudou anteontem. Nós continuamos desclassificados do campeonato paulista (pela porcaria do Santos), não teremos vantagem de decidir em casa na próxima fase, temos carência de jogadores em posições chave, metade do nosso meio campo está no DM, Diego Souza deve pegar um gancho razoável (embora ele não valha para Libertadores), e o cara contratado para fazer gols está devendo. Se alguém está vendo meio copo cheio nisso, eu vejo meio copo vazio. Acho melhor assim. Me decepcionarei menos. E sou amendoim mesmo, gostem ou não gostem.

O modo de jogar do Keyrisson me lembra muito o do Gioino, um argentino molenga que jogou no Palmeiras lá por 2005 ou 2006. Fez um puta doce para jogar já no começo do ano e agora parece que veio com vício redibitório...

Marcadores: ,