Sobre o Esquecimento
"Esquece..."
Sabedoria popular
Ontem, em uma das minhas freqüentes meditações durante caminhadas solitárias pelas ruas à noite, hábito meio blasé e muito revigorante que eu tenho, tive mais pensamentos bem construídos que o normal.
O primeiro foi de como é importante o esquecimento em algumas ocasiões e será abordado neste post.
A capacidade de esquecer grandes decepções ou mesmo pessoas que ferem é algo essencial na vida de um ser humano que não pretende viver em dor, sofrimento (logo, acho que uma imensa maioria do espaço amostral).
Graças à necessidade natural do ser humano de terceiros para sobreviver (em maior ou menor escala), sempre estamos sujeitos a grandes decepções. Em algum momento, fatalmente, lidaremos com algum pilantra, algum verme miserável que apunhala. É ainda mais decepcionante se for seu amigo e te apunhalar pelas costas, sem chances de defesa. Muitos pensam que a vingança é SEMPRE a melhor solução. De certa maneira, estão certos. Mas não raramente, a vingança está exatamente em não se vingar, não levar o ato pilantra a ferro e fogo. O paradoxo pode ser explicado: muitas dessas pessoas tem a necessidade de ver o ódio na face do ofendido e ficam clamorosamente decepcionadas ao ver sua jogada suja ser desprezada. Muitas vezes, vale ainda continuar mantendo contato com essa pessoa, humilhação ainda maior.
Demonstrando segurança e indiferença, o que é muitas vezes possível, a batalha de nervos está ganha.
Já decepções consigo mesmo são mais difíceis de esquecer, mas talvez tenham importância ainda maior. Explica-se: ao não conseguir esquecer erros e fantasmas do passado, acabamos perdendo muito da iniciativa, tendo medo de arriscar um comportamento com chances de dar resultados tanto bons quanto ruins. Sem o risco, a possibilidade de sucesso e de felicidade acaba diminuindo, uma vida assim torna-se extremamente monótona. Você para de buscar emoções, busca vitórias fáceis...e vida nenhuma que valha a pena faz-se apenas de vitórias fáceis.
Logo, a capacidade de apagar o que te faz mal, extra ou introvertidamente, faz de você, indiretamente, uma vida digna de nota ou não.
Mais pensamentos de divagações de caminhadas amnesianas em breve.
Sabedoria popular
Ontem, em uma das minhas freqüentes meditações durante caminhadas solitárias pelas ruas à noite, hábito meio blasé e muito revigorante que eu tenho, tive mais pensamentos bem construídos que o normal.
O primeiro foi de como é importante o esquecimento em algumas ocasiões e será abordado neste post.
A capacidade de esquecer grandes decepções ou mesmo pessoas que ferem é algo essencial na vida de um ser humano que não pretende viver em dor, sofrimento (logo, acho que uma imensa maioria do espaço amostral).
Graças à necessidade natural do ser humano de terceiros para sobreviver (em maior ou menor escala), sempre estamos sujeitos a grandes decepções. Em algum momento, fatalmente, lidaremos com algum pilantra, algum verme miserável que apunhala. É ainda mais decepcionante se for seu amigo e te apunhalar pelas costas, sem chances de defesa. Muitos pensam que a vingança é SEMPRE a melhor solução. De certa maneira, estão certos. Mas não raramente, a vingança está exatamente em não se vingar, não levar o ato pilantra a ferro e fogo. O paradoxo pode ser explicado: muitas dessas pessoas tem a necessidade de ver o ódio na face do ofendido e ficam clamorosamente decepcionadas ao ver sua jogada suja ser desprezada. Muitas vezes, vale ainda continuar mantendo contato com essa pessoa, humilhação ainda maior.
Demonstrando segurança e indiferença, o que é muitas vezes possível, a batalha de nervos está ganha.
Já decepções consigo mesmo são mais difíceis de esquecer, mas talvez tenham importância ainda maior. Explica-se: ao não conseguir esquecer erros e fantasmas do passado, acabamos perdendo muito da iniciativa, tendo medo de arriscar um comportamento com chances de dar resultados tanto bons quanto ruins. Sem o risco, a possibilidade de sucesso e de felicidade acaba diminuindo, uma vida assim torna-se extremamente monótona. Você para de buscar emoções, busca vitórias fáceis...e vida nenhuma que valha a pena faz-se apenas de vitórias fáceis.
Logo, a capacidade de apagar o que te faz mal, extra ou introvertidamente, faz de você, indiretamente, uma vida digna de nota ou não.
Mais pensamentos de divagações de caminhadas amnesianas em breve.
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