terça-feira, abril 25, 2006

Sobre a simpatia e a percepção

"When the doors of perception are open..."
Fragmento da obra de Aldous Huxley


Continuando em caminho um pouco diverso o assunto do post anterior, vamos tratar dos dois "fatores" que são mais preponderantes na hora de uma abordagem: a simpatia e o "bônus" percepção.

Já expliquei bem a simpatia, que é a capacidade que cada um tem de usufruir das suas virtudes sem ser arrogante e fazer de seus defeitos facetas pouco notadas pelo público em geral. Também é saber agradar, ter bom humor, ser disponível, atencioso e expressivo. Tudo isso está na simpatia.

Tenho apenas 20 anos e nunca fui o cara mais xavequeiro e muito menos o maior tático do mundo. Ou seja, estou fazendo uma estatística baseada tanto em situações que me tinham apenas como observador como em experiência particular. Pois bem, eu posso afirmar com segurança que em 99% das situações "abordacionais" as mulheres estão interessadas, entre outras coisas, na simpatia do rapaz. Ou seja, ser ou saber ser simpático é uma grande vantagem para os bonachões e boas praças passeando por aí. Em termos de conquista feminina, pelo menos.

Já a percepção, quando aliada a uma boa dose de conhecimento das próprias virtudes e defeitos, pode ser também um trunfo fantástico nas mãos de quem sabe usá-la. Muita gente acha que só em filme há pessoas que conseguem praticamente ler os pensamentos e sentimentos alheios em um olhar, um movimento, uma atitude, na voz, na letra, no estilo e até em mexidas no cabelo. Isso é muito mais comum do que parece, como podem atestar incautos jogadores de poker por aí.

Uma pessoa dotada de percepção se dá bem não só no poker e em conquistas amorosas, mas em todos os tipos de relações bilaterais ou plurilaterais. Pelo simples motivo de que é muito mais fácil chegar a uma solução favorável a si mesmo sabendo o que o outro quer e sente. Fica-se sabendo como poder usar isso ao seu favor ou sabendo que tática você deve preparar para não ser pego no contrapé. Daí a importância do autoconhecimento. Sabendo quais suas virtudes e defeitos, você faz o máximo para preparar sua "tática" na conquista ou nos negócios com base em seus pontos positivos.

Exemplo ilustrativo: Se a garota quer um cara simpático e você percebe isso, ainda que você não seja um rei do bom humor ou um Don Juan da lábia, vai fazer o melhor possível para parecer simpático, aumentando suas chances com ela. Principalmente se você não tiver que sair demais do que você realmente é (nesses casos, normalmente se bota tudo a perder).

Acho que na vida em geral, a percepção ajuda ainda mais que a simpatia. Simplesmente porque a vida é uma guerra composta de diferentes batalhas, que requerem distintas táticas. E as pessoas dotadas de percepção terão maior facilidade em saber como agir, que táticas adotar em cada batalha.

Para ajustar um pouco mais a teoria: cada uma das coisas que alguém pode procurar existe em maior ou menor grau. Assim, partindo do pressuposto do qual uma garota procura 5 coisas, raramente as chances que você tem consistiram de alguma fração de 1/5. As chances nunca poderão ser tratadas com exatidão, como quem leu o post anterior deve ter percebido.

quinta-feira, abril 13, 2006

The Maths in Love

" Agora eu vou me dedicar ao outro grande problema da humanidade. Afinal o que querem as mulheres?"
Christopher Lloyd em algum De Volta Para o Futuro


Ao contrário do que pode ser imaginado pela leitura do título propostialmente ambíguo, eu não estou dizendo que a matemática está apaixonada. Longe disso. Apenas, estava aqui cansado após uma partida de futebol e me deliciando com um copo d'água (que pra mim, ainda é a melhor bebida que já inventaram para quando se está com sede). Eis que surge uma teoria que, se eu conseguir aprofundar, se tornará deveras interessante.

Basicamente, essa teoria pretende simplificar para qualquer homem a estimativa das chances que ele tem ao chegar em uma garota de ser bem sucedido. Claro, é uma teoria que precisa e vai ser bastante aprimorada com o tempo, assim como toda teoria o precisa. Existem 3 bilhões de mulheres diferentes no mundo, cada uma tendo um ideal de homem. Mas eu acredito que a mulher procura no máximo as 8 coisas da lista abaixo em um homem:

1-) Beleza: auto-explicativo. O cara tem um rosto com traços mais trabalhados, um olho expressivo, cabelo bem cortado, corpo bonito, etc. Está ligado ao físico da pessoa. E a definição de beleza não é tão discordante não. Normalmente sai de um ou de um conjunto de dois ou mais fatores supramencionados;

2-) Simpatia: a capacidade que você tem de agradar. Não usar um dos outros 7 fatores para se vangloriar demais. Mas ao mesmo tempo saber usar o que você tem para agradar. Bom humor sem arrogância quase sempre leva uma pessoa a ser simpática, ainda que sarcasmo, dependendo do interlocutor, seja salutar. Não é uma coisa inexplicável como dizem por aí;

3-) Inteligência: velocidade de raciocínio, associação de informações. Saber analisar bem a garota e sair de um assunto que você não conhece ou que não quer abordar com elegância. Basicamente, o que é chamado pelos psicólogos de Inteligência Cognitiva;

4-) Cultura: o velho "conteúdo". Saber conversar sobre música, viagens, cinema, esportes (sim, tem garota que gosta disso), vinhos ou qualquer outro assunto do gênero. Ser razoavelmente antenado com o que anda acontecendo pelo mundo. Pode estar associado à inteligência (na maioria esmagadora das vezes pessoas extremamente cultas são inteligentes. Pelo simples motivo que pessoas inteligentes conseguem pegar as coisas mais rápido e associar informações com eficiência. Assim, fica mais fácil guardar mais coisa ou usar a associação para chegar a um certo aspecto cultural);

5-) Caráter: em geral envolve ser carinhoso, ter uma certa noção de etiqueta, ser fiel, gentil com todos. Ter um certo senso de família e de amizade, etc. É o mais divisível dos 8 fatores ao lado do poder e merece uma abordagem muito mais cuidadosa. Mas em geral mina da balada não vai procurar caráter, mais necessário para um cara com a qual ela pretenda namorar/casar;

6-) Riqueza material: grana, cash, plata. Roupas caras, carros possantes... basicamente você tem que mostrar ter poder pecuniário. E nem sempre a garota que procura isso é uma alpinista social. Ela pode estar atrás de um cara para ficar mais tempo e não vai querer ficar sustentando saída/vida de mané nenhum;

7-) Saúde/confiabilidade: outra coisa que pode ser dividida. Inicialmente, um cara com um corpo razoável e um rosto que não esteja muito pálido é saudável. E se o cara mandar bem na primeira noite, a confiança nele aumenta, facilitando para uma ficada posterior. Entretanto, saúde/confiabilidade com o tempo quer dizer o potencial que você tem para segurar o tempo que a garota quer ficar com você (pode ser uma noite e pode ser uma vida). Inclui malhação, mandar bem na ficada, na cama, comer balanceadamente, maneirar na bebida, não ter saído causando em várias outras garotas, etc. É o fator que pode mais facilmente ser subdvidido. Pretendo abordar melhor esse fator em outro post; e

8-) Poder: a definição de poder pode ser fruto de profundas discussões entre pessoas infinitamente mais inteligentes que este que vos escreve. E mesmo elas teriam alguma dificuldade para dar um significado definitivo a essas duas sílabas. Eu arrisco: é a capacidade e os meios que cada um tem para conseguir o que quer. Está muito ligado a saber maximizar seus pontos fortes e minimizar seus defeitos. Ou saber usar seus pontos fortes para simplesmente esmagar os defeitos ou problemas que podem se colocar na sua frente.

Explicando agora a teoria mesmo. Cada garota vai gostar de uma certa combinação desses oito fatores acima descritos. Eis a equação das chances que o homem tem de conquistar a mulher, supondo que a mulher procure x fatores acima em um homem :

Dados:

x = nº de fatores desejados pela garota pretendida
y = qualidades desejadas que o cara que quer ficar com a garota tem

y/x = chances matemáticas que o cara tem de ficar com a garota.

Supondo que a garota acima procura 4 das "virtudes" acima e que o "conquistador" tenha 2 delas:

2/4 = 50%

O Don Juan teria 50% de chances. Porcentagem que leva o cara a ter que usar razoavelmente bem o que tem para conseguir a meta da noite/ano/vida/etc.

Claro que a teoria envolve um auto-conhecimento do galanteador para saber usar o que tem e direcionar a abordagem para um lado que não envolva defeitos seus (Eu parto do pressuposto que ninguém tem os 8 fatores acima). E também aumentaria as chances do cara ter percepção, que aliás, pode ser considerada um bônus. Visto que percebendo o que a garota quer, a abordagem fica mais fácil (ainda que a garota possa manipular muito bem a capacidade de percepção ao dar pistas falsas, eliminando assim a existência desta como um 9º fator, relegando-a para uma posição de bônus "z").

Teorma com bônus:

Chances = y/x + z, sendo que z= -1/4 y/z caso o auto-conhecimento do cidadão seja nulo e z=1/4 y/z caso o auto-conhecimento seja absoluto.

Como eu disse, é uma teoria que merece ser estudada e que será aprimorada. Mas acho que pode dar uma idéia razoável para quem tem medo demais de ser rejeitado ou que simplesmente avaliar suas chances com certa garota.

segunda-feira, abril 10, 2006

MEDIC!!!

"And history
Hides the lies
Of our Civil Wars"
Guns N'Roses - Civil War (1990)



Existem jornadas interessantes.

Sexta eu fiz uma balada. Balada pós show do Jack Johnson, comigo relaxado pelo bom concerto e pela perspectiva de não estar nem perto de compromisso com ninguém (=Free to the battle), coisa que não acontecia há séculos.Cabeça no lugar por aqui normalmente dá bons frutos em balada e péssimos frutos em termos de idéias para posts.

Pois bem. Acontece que eu perdi um pouco do meu grip desde a última vez que eu fui numa balada assim (isso deve fazer uns 6 meses mais ou menos). Eu não cheguei na garota que eu deveria chegar e, SURPRESA, um cara para o qual eu não devo nada na opinião de duas pessoas razoavelmente abalizadas foi lá e conseguiu.

Balada meio estragada, por outros motivos ainda (fantasmas de um passado bem recente) e pela quantidade absurda de bêbados presentes. E eis que no último mês eu descubro um estranho talento para ser paramédico e ajudar bêbados que precisam. Uma verdadeira Madre Teresa dos ébrios. E isso me fez sentir um pouco menos fracassado, afinal, se você ajuda irmãos de armas, está fazendo sua guerra, certo?

Sim. De certo modo é bom. Especialmente quando a maioria são substitutos. Calouros que definitivamente não tem qualquer controle, como eu não tinha quando era calouro e, com alguma verdade, continuo não tendo, apesar de ter meus artifícios pra acabar chegando em casa de uma maneira ou de outra.

Mas por outro lado, há adversários a serem combatidos. Há batalhas que devem ser vencidas, estradas a serem percorridas, mulheres a serem conquistadas, saúde a ser mantida. E paramédicos só são necessários quando da incompetência em pelo menos um deles. E eu não quero existir para afastar incompetência alheia. Não nasci para segundo plano.

Será que o soldado vai voltar a merecer medalhas? Será que canhões servirão para algo? Espero que sim. Sem qualquer desprezo aos paramédicos, é claro. Porque sempre vão fazer merda em guerra...